26 de setembro de 2014

Se minha filha...



Se minha filha fosse deficiente visual, eu agradeceria a Deus todos os dias porque, mesmo sem sua visão, ele poderia me ouvir e falar comigo. Ela poderia enxergar meu coração como ninguém. Ela poderia me abraçar, andar ao meu lado. Poderia ser feliz por saber que é amada e desejada.
Se ela fosse deficiente auditivo, eu daria graças a Deus por ela poder me ver. Demonstraria a ela com meu olhar e meus gestos, tudo que minhas palavras não pudessem expressar. Eu mostraria a ela o quanto ela é amada e desejada. Eu calaria o silêncio de seus ouvidos com o amor de minhas palavras.
Se ela fosse muda, ainda assim ela poderia me ver e me ouvir, e eu daria graças a Deus de poder caminhar ao meu lado e me dizer em gestos simples do dia a dia o quanto ela me ama. Eu daria voz aos seus gestos e escutaria suas palavras mais profundas ditas com seu coração.
Se ela fosse deficiente físico, faria uso de suas faculdades mentais para interagir comigo, não precisaria de nenhuma parte de seu corpo para mostrar seu apoio a mim em tempos difíceis ou de rir comigo nos momentos felizes. Ela seria igualmente amada e desejada e eu daria graças a Deus de tê-la ao meu lado. Eu criaria movimentos para ela.
Se minha filha fosse autista, verbal ou não verbal, eu passaria minha vida procurando maneiras para me comunicar com ela de alguma outra forma. Se ela não olhasse nos meus olhos, procuraria seu amor em cada sorriso seu, em cada vez que ela respirasse, em cada movimento irregular de seu corpo... Eu daria graças a Deus por ela estar viva e faria com que ela soubesse, todos os dias, o quanto foi amada e desejada nem que tivesse que reinventar a vida ou a forma de viver. Eu faria o impossível para tê-la ao meu lado.
Se ela tivesse Síndrome de Down, acreditaria em suas potencialidades e riria com ela, choraria quando necessário, andaria com ela só para ouvi-la falar de suas ideias. Daria graças a Deus por sua vida e faria com que ela soubesse, dia após dia, o quanto é amada e desejada. Eu aproveitaria cada sorriso seu para transformar em um sorriso meu.
Se minha filha não tivesse nenhuma síndrome, deficiência ou diferença, eu mostraria a ela, todos os dias, para que ela visse, ouvisse, interagisse e se fizesse ouvir, o quanto ela é amada e desejada. Daria graças a Deus e amaria cada conquista dela como se fosse a maior, ou a última...
Valorize sua filha(o), não suas deficiências. Veja quem ela é além da barreira que a sociedade coloca. Acredite que se ela veio a você assim, é porque é assim que tem que ser. Cabe a você encontrar forças onde os outros vêem as fraquezas. Faça com que sua filha(o) saiba que ela é amada e desejada, seja ela como for. Ela é especial. Filhos são especiais!




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3 de março de 2014